Observações (1)
Poliglotismo Cultural ou como "falar a língua" das diferentes tribos
Estava eu condensando as idéias de Gilberto Velho e Viveiros de Castro sobre uma visão antropológica de Cultura, para colaborar na elaboração do "Verbete" , quando percebi que a idéia principal vinha, de certo modo, de encontro a uma questão discutida em aula: como tornar a cultura (literatura, música, artes, etc) acessível e agradável ao grande público (o que Adorno e Horkimer chamam de massa)? Se cada cultura é um universo em si mesmo, se cada homem está penetrado por ele mesmo em seus atos e pensamentos, como pode um observador sair de si, colocar-se no lugar do outro e retornar? Então decidi pesquisar e aprofundar o tema. Através de algumas indicações de leitura do professor Alberto Quintana, cheguei aos seguintes resultados:
• Pode-se supor uma capacidade inata de efetuação de uma redução fenomenológica, que permita ao observador "esquecer" suas determinações histórico-culturais em uma espécie de "altruísmo intelectual".
• Outra possibilidade desse acesso ao outro pode ser fundamentada na natureza humana, pois a antropologia prega a universalidade dos mecanismos básicos da mente humana, dos quais derivam as diversas culturas (a diversidade cultural seria uma variação de um mesmo repertório). Desse modo, aceder ao outro seria possível através da realização de um esforço para estabelecer a transformação relativa (diminuir distância) de duas culturas, a partir de um mesmo repertório (Levi-Strauss).
Mesmo que os antropólogos afirmem que " sim! É possível que nos coloquemos no lugar de nosso público para levar a esse a cultura de forma acessível" , eu me pergunto até que ponto essa afirmação é verdadeira. O que vocês pensam a respeito???
- Ciro Eduardo Oliveira -
Poliglotismo Cultural ou como "falar a língua" das diferentes tribos
Estava eu condensando as idéias de Gilberto Velho e Viveiros de Castro sobre uma visão antropológica de Cultura, para colaborar na elaboração do "Verbete" , quando percebi que a idéia principal vinha, de certo modo, de encontro a uma questão discutida em aula: como tornar a cultura (literatura, música, artes, etc) acessível e agradável ao grande público (o que Adorno e Horkimer chamam de massa)? Se cada cultura é um universo em si mesmo, se cada homem está penetrado por ele mesmo em seus atos e pensamentos, como pode um observador sair de si, colocar-se no lugar do outro e retornar? Então decidi pesquisar e aprofundar o tema. Através de algumas indicações de leitura do professor Alberto Quintana, cheguei aos seguintes resultados:
• Pode-se supor uma capacidade inata de efetuação de uma redução fenomenológica, que permita ao observador "esquecer" suas determinações histórico-culturais em uma espécie de "altruísmo intelectual".
• Outra possibilidade desse acesso ao outro pode ser fundamentada na natureza humana, pois a antropologia prega a universalidade dos mecanismos básicos da mente humana, dos quais derivam as diversas culturas (a diversidade cultural seria uma variação de um mesmo repertório). Desse modo, aceder ao outro seria possível através da realização de um esforço para estabelecer a transformação relativa (diminuir distância) de duas culturas, a partir de um mesmo repertório (Levi-Strauss).
Mesmo que os antropólogos afirmem que " sim! É possível que nos coloquemos no lugar de nosso público para levar a esse a cultura de forma acessível" , eu me pergunto até que ponto essa afirmação é verdadeira. O que vocês pensam a respeito???
- Ciro Eduardo Oliveira -
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