terça-feira, outubro 25, 2005

Período fértil para a cultura na capital






Porto Alegre, outubro de 2005. A capital gaúcha, notadamente reconhecida pela diversidade de opções culturais que oferece, está no que pode ser considerado o seu apogeu cultural em 2005: a 5a Bienal do Mercosul em pleno andamento em nove pontos da cidade e a Feira do Livro prestes a começar.

As bancas da 51a Feira do Livro já estão sendo montadas na Praça da Alfândega, para que tudo esteja pronto até o início da Feira, que acontece de 28 de outubro a 15 de novembro. Este ano, o Ceará será o estado e a Itália o país homenageados. O patrono da Feira é Frei Rovílio Costa, autor de vários livros sobre a Imigração Italiana no Rio Grande do Sul.

No centro da cidade, na mesma região em que a Feira do Livro está sendo preparada, a Bienal do Mercosul se revela em três locais: o MARGS, o Santander Cultural e o Memorial do Rio Grande do Sul. Além desses, a Bienal ocupa o Museu Hipólito José da Costa, a Usina do Gasômetro, o Cais do Porto, o Largo Glênio Peres, o Paço dos Açorianos e a Orla do Guaíba. Até o dia 4 de dezembro, de terça a domingo das 9h às 21h, é possível visitar as exposições gratuitamente.

No site oficial da Bienal (http://www.bienalmercosul.art.br), é possível encontrar um panorama geral sobre as exposições: "o tema central desta edição será a multiplicidade das experiências contemporâneas de espaço materializadas em obras de arte: desde o espaço subjetivo - construído pelo corpo e no corpo, passando pelo espaço dominante, aquele da cidade, até as novas noções de espaço impostas pela cultura digital".

O homenageado deste ano da Bienal do Mercosul é Amilcar de Castro (1920-2002), um dos maiores escultores da segunda metade do século passado. Esculturas, pinturas e exposição biográfica do artista brasileiro podem ser conferidas em diferentes locais ocupados pela Bienal




É preciso tempo e disposição para apreciar a arte oferecida pela Bienal. Nada de correria, principalmente para pessoas que entendem do assunto (o que definitivamente não é o meu caso), e que gostam de ficar analisando cada detalhe das obras. No entanto, por mais que não se entenda muito bem o que se vê, é uma experiência interessante- e que eu recomendo a todos- passear por entre aquelas obras de arte, e, por que não, aproveitar para se fascinar com o pôr-do-sol do Guaíba ao fim da tarde.

-Luciane Treulieb-